sexta-feira, 9 de março de 2012

Os Karas

Esses dias bateu uma saudade da época da escola, quando minha única preocupação era estudar para as provas.

Lembrei dos livros que lia lá pela 7ª, 8ª série. Foram muitos da famosa Coleção Vaga-Lume. Mas os que marcaram minha vida leiturística foram os livros do Pedro Bandeira. O primeiro que li foi A Marca de uma lágrima, que é uma releitura da história de Cyrano de Bergerac, tendo como protagonista a menina Isabel. Ela se apaixona pelo primo Cristiano, que por sua vez, se apaixona pela melhor amiga dela, Rosana. Isabel então começa a escrever cartas de amor em nome da amiga para que ela as entregue a Cristiano. É lindo e fofo!

E Os Karas? Vocês já leram algum livro deles? Para quem não conhece, os Karas foram os protagonistas de uma série de livros do Bandeira. Era uma turma de alunos do colégio Elite, que se uniam para solucionar casos de polícia. Tinha o líder Miguel, o sabe-tudo Crânio, o galã Calu, a espevitada Magri e o caçulinha Chumbinho, juntos eles se autodenominavam Os Karas.

Para que não se levantasse suspeitas, usavam sempre códigos: um K desenhado na palma da mão, o código Vermelho, o Tênis-Polar, e até o conhecido código Morse.

O primeiro da série que li foi A Droga da Obediência, onde os meninos solucionavam casos de crianças desaparecidas que, na verdade, eram sequestradas para testar um novo medicamento, a tal droga da obediência. 

Depois veio Pântano de Sangue, onde um professor da turma era assassinado e todas as pistas levavam ao Pantanal. Tinha uns temas pesadinhos: drogas, tráfico internacional, mortes...lembro de ter ficado impressionada em algumas partes.

O último foi Anjo da Morte. Aqui, os Karas tem de solucionar outro caso de assassinato, mas agora envolvendo judeus e nazistas.

Mesmo solucionando os casos, os Karas nunca queriam aparecer, deixando todo o mérito para a polícia que sempre estava presente na figura do detetive Andrade.

Ainda tenho todos!
Se não me engano, li todos esses livros na 8ª série, nas aulas de Português da professora Sueli. O que matava, era que ela sempre pedia um seminário do livro, e falar em público naquela época era o horror para mim!

Uns 3, 4 anos atrás quando comecei a trabalhar na escola onde estou, descobri os dois últimos volumes da série na biblioteca: A Droga do Amor e A Droga de Americana. Li os dois de uma só vez, mas não sei. Não sei se as histórias ficaram sem-graça para mim, ou se realmente são mais fraquinhas: não tiveram o mesmo encanto. Prefiro pensar no Karas somente com os três livros que marcaram minha adolescência! 

Beijos!

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